domingo, 22 de maio de 2011

"Agora as coisas estão ficando claras

...e eu não preciso de você aqui. Com todo esse mundo em minha volta, estou contente que você desapareceu."
Não sei quantas mil vezes vou acabar escrevendo sobre o mesmo assunto, simplesmente parece que eu não consigo superar o quanto isso ainda me abala e me choca um pouco. Já ouvi as pessoas dizerem que eu sou diferente, estranha, que eu pareço estar sempre deprimida pela forma que me expresso, e mesmo que atualmente eu não dê a mínima importância à opinião alheia, ou para a interpretação que se têm sobre o que eu faço ou penso, parece que isso sempre corre atrás de mim como se quisesse me engolir. 
Não vou mais dizer que cansei de alguma coisa, pois no fim sempre se aguenta mais um pouco, sempre se tem uma resposta final, mesmo que cada resposta seja planejada como um ponto final. Não quero mais pensar que isso ou qualquer outra coisa já não me afeta, quando no fundo, parece que são facas dilacerando o que ainda resta de sanidade e realidade. Parece que cada dia que passa mostra como as pessoas realmente são, como eu sou inocente para não ver com meus próprios olhos como é a realidade de cada um, mas eu já não me sinto do mesmo jeito em relação a isso como antes. Me sinto melhor, forte, sinto como se fosse algo que sempre quis ser mas que nunca havia conseguido. Sinto como se cada olhar de desprezo fosse mais um tijolo no muro que a própria sociedade constrói, separando o que ainda resta de uma mente lúcida  para o mundo dinâmico e real. Talvez seja por isso que tanto escuto julgamentos prévios quando são o contrário da realidade, talvez seja culpa do convívio, da rotina e do desprezo. Ou talvez a culpa seja sua, você que julga sem conhecer as coisas como realmente são, que coloca alguém pra baixo só por diversão. Mas isso tem volta. Principalmente para aqueles que ainda fingem que não se importam. Se você não gosta de ser magoado, cale a sua droga da sua boca e passe a pelo menos tentar respeitar ou ignorar a presença de quem te desagrada. Pelo menos assim você não pagará tão caro por ser tão nauseante e desumano.

domingo, 27 de março de 2011

Tempo.

Não sei de todo o mundo, mas desde que eu era muito pequena, sempre achei que eu era o centro do planeta, que tinha ótimos amigos, ótimas influências e bom senso. Também pensei que todas as minhas amigas nunca me decepcionariam e que nunca haveria alguém que me fizesse, por pura maldade, chorar. Engraçado como as coisas mudam na nossa cabeça desde que somos apenas pequenas crianças sem experiência nenhuma, até chegarmos até algum certo ponto da vida onde começamos a refletir sobre isso, parece que quando você cresce, ninguém mais se importa realmente com a sua vida além dos seus pais que te mandam todo dia arrumar o quarto e estudar, e que a vida passa de divertida, a um saco total em um piscar de olhos... Acho que de tudo que eu pensava desde a infância, só o que me permaneceu foi o bom senso, de todas as alternativas possíveis, as amizades se foram, a atenção toda se foi, tudo acabou indo por água abaixo apenas porque com o tempo, acabei crescendo. 
Praticamente não tenho mais vida social, não vejo nem converso muito com meus amigos da antiga escola, e acho até que eles nem se importam comigo, uma vez que sinto casualmente saudade de um ou dois, que por razões pessoais me fazem uma considerável falta. Perdi contato com pessoas que eu gostava, que me faziam bem, mas também perdi contato com pessoas que só depois percebi como foram cruéis e o quanto me fizeram  mal. Queira você ou não, a vida vai continuar mesmo que você não esteja presente, as pessoas ainda vão viver suas vidas sem se importar se você anda bem ou não, e você terá que se acostumar com isso. Ninguém se importa enquanto você não está presente, e muito menos ainda se você mesmo se importa. Irônico, não? Todo o mundo perfeito de contos de fadas agora se transformou em uma vida real, de poucos amigos, de pouco tempo livre, de pouca mentira pra me cercar. Se isso for ser adulto, posso dizer que até que estou gostando, que o tempo passe cada vez mais depressa, que as pessoas agora me respeitem e aceitem a minha opinião sobre as coisas. Acho que ser ouvido compensa as coisas ruins que passei. Ser amada compensa toda a tristeza, o ódio, e as coisas difíceis que acabei enfrentando, ser respeitada compensa todas as vezes em que fui subestimada e ofendida a troco de nada, e acima de tudo, aceitar que estar aprendendo tudo isso não é nem um pouco fácil, mas que no fundo eu considero, de certa forma, muito divertido.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Everything I do, I do it for you...

Dedicado ao meu amor.
Sabe, com o tempo eu fui concluindo que existem momentos na vida em que não vale a pena continuar acreditando que tudo vai dar certo, e tu me conhece muito bem, sabe que quando eu coloco alguma coisa na cabeça nem Deus consegue tirar. Então, eu já tinha desistido de tudo, já não sabia mais o que fazer, seria muito clichê dizer que a minha vida não tinha mais sentido antes de te encontrar, mas é a verdade. Não podia ser em outra hora, em outro lugar, em outro momento, tu apareceu na hora certa, estendeu a tua mão e me mostrou o melhor caminho possível pra que eu fosse uma pessoa melhor, e me mostrou o que era ter um melhor amigo de verdade. Sim, tu ainda é meu melhor amigo, e tu sabe disso, meu melhor amigo em quem eu posso contar independente da situação e que sempre vai tentar me proteger de tudo de mal que possa me alcançar, meu melhor amigo que mostrou exatamente o que era uma vida, o que era felicidade, como um sorriso valia a pena quando tudo parecia estar perdido. Pode ser que seja essa tua capacidade de fazer com que tudo pareça perfeito, ou o teu dom de me arrancar um sorriso independente do momento, não sei o que foi que causou tudo isso, mas eu sei que tudo que eu sou hoje, eu devo a ti, tudo que eu conquistei de bom, que eu posso contar com orgulho pra todos que quiserem ouvir, conquistei porque tu me incentivou, tu me mostrou que continuar não era cansativo, que ir adiante, correr atrás era uma brincadeira, e que a recompensa era, por mais que sofrida, o melhor que eu poderia ganhar em troca. Não chamo isso de amor, não mais, pois não é apenas isso; é amor, carinho, compreensão, confiança, é saber mostrar o que eu sou de verdade sem medo de ser rejeitada, é querer ser cada vez melhor, sem medo de olhar pra trás, e me deparar com as decepções do passado, não é apenas amor, é tudo, e nesse tempo todo que passou, esse tudo se tornou vício, se tornou vida, vida da qual não desejo sair nunca, e se pudesse, compartilharia com todos, porque eu, mesmo quando já não acreditava mais, encontrei a felicidade, a paixão, encontrei a vontade de sonhar, de realizar, e de sonhar cada vez mais, tudo por tua causa. Agradecimentos seriam medíocres perto do bem que tu me faz, e continua fazendo, palavras por mais belas que sejam, um dia acabarão se perdendo, misturando-se entre as "memórias esquecidas" que você leva em sua mente, e eu quero que seja inesquecível, eu quero fazer com que essa marca cicatrize de vez, eu quero me tornar cada vez mais a tua vida, como tu se tornou a minha, e nem que eu leve a vida toda, eu ainda vou te mostrar a imensidão desse carinho, da confiança, da paixão, dos sonhos, de tudo que concretizou o amor que eu sinto por ti, ainda vou te mostrar que por mais que pareça bobagem, que o que eu sinto é muito maior do que parece ser, e do que eu possa de qualquer forma demonstrar. Muito obrigada pelos melhores 10 meses de toda a minha vida.